Consumo excessivo de oxigênio (EPOC) após a musculação contribui para o emagrecimento
Por Luan Ferrari, educador físico do IME
A crescente prevalência de obesidade e sobrepeso ressalta a necessidade de intervenções para reverter esse quadro. Nesse contexto, a atividade física pode contribuir com um efeito duplo no aumento do gasto energético, por meio de mudanças fisiológicas agudas e crônicas.
O exercício físico moderado a intenso causa um déficit de oxigênio ao organismo durante o período de recuperação chamado de EPOC (consumo excessivo de oxigênio após o exercício, em tradução livre). Em outras palavras, você permanece gastando calorias após a sessão de exercício, o que é necessário para uma adequada recuperação muscular e para o organismo fazer ajustes respiratórios, circulatórios, hormonais e outros.
O que demanda um maior tempo de metabolismo acelerado e consequentemente os seus efeitos de emagrecimento através da EPOC é a intensidade mais alta, sendo assim o treinamento resistido, como a musculação ou o treinamento aeróbico intervalado, causam um maior “estresse” ao corpo do que o aeróbico contínuo.
Outro benefício interessante da musculação é o aumento da taxa metabólica de repouso (TMR), ou seja, a maior massa magra demanda um maior gasto energético de maneira contínua.
A periodização de um treinamento que possa maximizar tanto o EPOC quanto a TMR podem ser importantes fatores para o emagrecimento e, embora, o custo energético dessas variáveis em uma sessão de exercício se mostre pequeno, em longo prazo poderá ser bastante significativo.